O Flamengo treme... o Maracanã

Por Fernando Luiz Costa

O jogo mais emocionante da temporada! Sem qualquer sombra de dúvidas. O Fla-Flu decisivo desse domingo foi aquilo que se chama de Clássico das Multidões! 90 minutos de emoção, estádio lotado e bom futebol. O placar de 1x0 para p Flamengo não foi digno para a partida. Já que era para ser vitória do Flamengo, que fosse 5x4, 6x5, 10x9. Os mais de 70 mil presentes, quem curtir pela TV e pela rádio do Tesão mereciam mais gols. Também, mérito de Diego e Fernando Henrique que colaboraram para o parco placar, se bem que FH fez a sua parte no escore final.

Um Fla-Flu nervoso é pleonasmo. Mas apesar disso, quem diz que o jogo foi ruim? Os times se lançaram ao ataque como deveriam ser todos os clássicos. Em minha opinião, Carlos Alberto Parreira não utilizou a opção correta para o meio-campo do Fluminense no início de partida. Lógico, que ele está lá convivendo o dia-a-dia do seu elenco e por isso mesmo é o cara mais indicado para escalar sua equipe. Porém, diante do panorama de um Flamengo com meio-campo marcador, porém rápido, necessitava de uma resposta igual e de mesmo valor. Porque afinal como diz a lei de Newton (que não jogou no Vasco): “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade.” Jaílton e Wellington Monteiro foram páreos nas forças de marcação, entretanto não foram tão ligeiros para encontrar Íbson e Kléberson. O meio-campo do Flamengo foi inteligente. Iniciava uma jogada na esquerda e terminava na direita. E vice-versa. O gol saiu assim. O lance começou numa bola com Airton na intermediária de defesa do Flamengo pelo lado direito. Ele tocou para Kléberson que viu Íbson na meia, ainda pela direita. Ele viu Juan subindo do lado esquerdo do ataque e virou a bola. Sozinho, Juan teve tempo de olhar para a área, ver se algum companheiro o acompanhava, ver a torcida, pensar no que faria após o jogo, etc. Mas preferiu bater para o gol da entrada da área, já pelo lado esquerdo. Um chute a meia força, que encontrou o artilheiro Montinho no meio do caminho. O quique da bola enganou Fernando Henrique e aos 30 minutos do primeiro tempo selou o placar. Mas como eu disse, isso não significa que a partida tenha acabado por aí. É ruim, hein! O gol só trouxe ainda mais emoção a um jogo que já estava lá e cá. Os goleiros tiveram muito trabalho até o final. Fernando Henrique se redimiu com louvor da falha no gol e Diego fez a torcida esquecer o ídolo Bruno por 90 minutos.

A vitória Rubronegra foi merecida? Sim! Num clássico equilibrado, sempre vence quem aproveita. Os erros decidem. O Flamengo se aproveitou de elementos externos para revigorar o ânimo e exercer poder o tempo inteiro. A grande atuação de FH após a falha é a prova disso. O ataque do Flamengo, mesmo sem Obina, continuou perdendo um caminhão lotado de gols e que, por sorte do Mengo e azar do camisa 1 tricolor, não fizeram falta hoje. Mas para a Final de domingo, é fato de só vencerá o Botafogo se marcar esses gols.

A Final da Taça Rio? Imprevisível. Se o Fogão jogar como jogou sábado e o Mengão mostrar a garra do jogo de domingo, será uma bela partida! Como diria o velho filósofo do futebol: Clássico é clássico e vice-versa. Então, o status de melhor partida da temporada para o Fla-Flu durará apenas 1 semana.

Melhores momentos: